Filme: "A Dama de Ferro" (The Iron Lady, 2012)

Ontem assisti ao filme "A Dama de Ferro", indicado ao Oscar por suas duas qualidades que mais saltam aos olhos: a interpretação soberba de Meryl Streep e a maquiagem que é um item primoroso. Estes dois itens valem cada minuto da película.


Meryl Streep é a maior atriz de cinema viva! Não premiar esta atriz neste ano é pura inveja! Desde o primeiro momento que a vemos em cena já ficamos extasiados de ver a construção de um personagem com alma, com detalhes precisos (preste atenção nas mãos): uma velha ranzinza, mas com uma firmeza impressionante. O sotaque, o jeito de falar, tudo na interpretação de Meryl é perfeito.

Agora, quem quer um filme que conte em detalhes a história de Margareth Thatcher uma dica: leia um livro ou pesquise no Google. Tem muita informação.

A estrutura do filme trabalha com o quesito memória de uma forma bem interessante: o que vemos em primeiro plano é uma senhora quase senil, que a partir de peças de sua casa relembra fatos marcantes de sua vida. Assim, o que a diretora indica é que o que vemos nos flashbacks são as memórias que esta mulher guardou, uma mulher que chegou ao poder em um mundo machista não por hereditariedade, mas por suas qualidades e também pelos seus muitos defeitos (o que o filme não esconde). Principalmente o quão solitária ela sempre esteve.

Um detalhe que os detratores do filme talvez não perceberam é que as cenas de documentário são utilizadas sempre nos eventos de crise. Ou seja, as crises, as lutas internas, a polícia batendo nos manifestantes, podem não estar totalmente na sua memória, mas estão nas nossas (nas imagens guardadas pelas câmeras de tv).

Pode não ser um grande filme, mas não é o lixo que alguns críticos estão dizendo por ai. Espero que ela ganhe o Oscar, pois o prêmio é melhor atriz não melhor atriz no melhor filme.

Veja o trailler aqui.