quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Cisne Negro e O discurso do rei: libelos contra a competitividade

Pode parecer estranho o que vou escrever, mas para mim estes dois filmes têm temáticas muito próximas: as consequências da cobrança constante que se faz para que as pessoas sejam perfeitas. E como a "normalidade", a falta de brilho é vista como defeito.

Em "Cisne negro" vemos a personagem de Natalie Portmann descer ao mais profundo abismo para buscar algo que a diferencie das outras pessoas, que lhe faça ser única. A cobrança permanente sobre e pela própria personagem faz com que reflitamos sobre este mundo em que ou você é importante, vencedor, brilhante, ou não é ninguém.

Em "O discurso do rei", vemos alguém lutar para vencer uma gagueira emocional que fica patente ser oriunda da falta de confiança que foi imposta sobre um homem, que não era brilhante como o irmão ou o pai. Mas as lutas são diferentes nos dois filmes. Aqui vemos um homem que supera os seus medos mais escondidos, e se torna um rei que os ingleses iriam adorar.

Mas os dois filmes valem para refletirmos sobre este mundo competitivo e em que só os vencedores e brilhantes são alguém.

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